Todo fim de feira é
assim: xepas de aqui e acolá. É como
palco de teatro que, depois de ter cedido lugar ao evento principal, esvaído de público, perfaz-se de restos. Assim seria também a sala de aula ideal? O
que sobra quando saídos alunos e professores? E que pensamentos ocupam o coveiro, depois que todos se
foram e o que parece restar é terra revolvida, um corpo defunto e cimento fresco? Que
coisas assolam as gentes que ficam
quando alguém se despede? E todo fim de festa é assim? Restos, sobras, excessos,
a fineza derretida em maquiagens já lúgubres, a roupa amarrotada, uma sensação
a mais de felicidade acondicionada, com data e hora de validade. Quanto durará?
3 comentários:
Querida Silvia, o que fica no vão de uma sala vazia é o cheiro de amor, entrega e a certeza de fomos intensas. Jamais esquecemos daqueles que amamos e ajudamos a crescer. Não há nenhuma profissão mais completa que a nossa!!!!!
beijos com muitas saudades!!!!!
Kênia Cleto
Kenia, devo a você afetos e gratidão por ensinares muito do que sei sobre a escrita! E mais um montão de coisas!
Agradeço ao Pai por ter convivido com você e Agnaldo, anjos na minha vida. Vocês me ensinaram muito, principalmente a saber ouvir, afinal vocês me ouviram e me compreenderam.
Fico muito orgulhosa pelo caminho acadêmico que você seguiu e em ler seus textos. Não esperava nada a menos de você, pois a inteligência ,a dedicação, a seriedade, a visão afiada _ como a faca de João Cabral de Melo Neto- sobre os questionamentos sociais lhe são inerentes.
Interpretei o texto como eu quis, mas eu compreendi o seu recado com o texto FINS, já que o que importa , em qualquer ocasião , é a certeza de que fomos intensas e inteiras .
Muitas saudades!!!!!!!
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