Um irmão fisgado inesperadamente pelo fio da morte pode ser reconhecido em lugares muitos. Em vãos. A esmo. Num recorte de patchwork visto de relance na roupa de alguém. No andar da formiga sobre a pele. Na fotografia escondida na gaveta. Nas cartas deliberadamente guardadas. Na audição de sua música predileta. Na memória de seu legado. Na palavra que se escreve. Na escolha por fazer. Na lembrança do amor herdado. Na ferocidade do tempo. Nos ermos que se perfazem.
O retrato da presença/ausência de um irmão é indelével.
Um irmão ausente pode para sempre ser encontrado.
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